domingo, 27 de janeiro de 2013




Chão salpicado de estrelas

Chão salpicado de pequenas estrelas...

Que meus pés percorriam todos os dias...

A cada dia a esperança se desvanecia...

Chão salpicado de pequenas estrelas...

Que brilhavam tanto...

Brilhavam iluminando dentro de mim...

Clareando a sombra da dor e do medo...

Brilhavam me preparando para a separação...

Eu subia, subia...

Subia todos os dias aquela rampa...

Salpicada de estrelas...

Elas brilhavam...

Me mostrando...

Que a dor estava chegando...

A cada dia mais próxima...

A dor da perda...

Tudo passou...

Ficaram lembranças e ferimentos...

Sangram as vezes...

Depois cicatrizam...

Num vai e vem da própria vida...

O chão salpicado...

De pequenas estrelas continua lá...

Outros sobem... Sobem por ele...

E as vidas continuam...

      Maria da Graça
 14/05/2012


Fiz está poesia em homenagem à Jésus Ribeiro, meu esposo que já mora nas estrelas...
Minha mãe há algum tempo, se internou no mesmo hospital.
Eu subi a mesma rampa, e a poesia saiu, eu sentada na sala de espera da mesma UTI.
Estou postando novamente, hoje fazem 4 anos e 8 meses da sua partida, SAUDADE...

                                                                           Maria da Graça

2 comentários:

  1. ...não é necessário muitas palavars a tão linda manifestação de saudade...

    Beijinhos

    Ana

    ResponderExcluir
  2. O ir e vir das estrelas em seu suave trajeto pode demonstrar vàrios matizes de sentimentos:angústia, espera, esperança, alegria, vida, aprendizado. Não importa qual seja, e sim o resultado que sai de nossos corações. No seu caso uma entrega total de si mesma em nome de um amor que veio delas próprias,as estrelas, e hoje toma o coração em uma sublime lembrança de um ser muito amado por todo o sempre.
    Cintia.

    ResponderExcluir

"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar." (Dalai Lama)