Chão salpicado de estrelas
Chão salpicado de pequenas estrelas...
Que meus pés percorriam todos os dias...
A cada dia a esperança se desvanecia...
Chão salpicado de pequenas estrelas...
Que brilhavam tanto...
Brilhavam iluminando dentro de mim...
Clareando a sombra da dor e do medo...
Brilhavam me preparando para a separação...
Eu subia, subia...
Subia todos os dias aquela rampa...
Salpicada de estrelas...
Elas brilhavam...
Me mostrando...
Que a dor estava chegando...
A cada dia mais próxima...
A dor da perda...
Tudo passou...
Ficaram lembranças e ferimentos...
Sangram as vezes...
Depois cicatrizam...
Num vai e vem da própria vida...
O chão salpicado...
De pequenas estrelas continua lá...
Outros sobem... Sobem por ele...
E as vidas continuam...
Maria da Graça
14/05/2012
14/05/2012
Fiz está poesia em homenagem à Jésus Ribeiro, meu esposo que já mora nas estrelas...
Minha mãe há algum tempo, se internou no mesmo hospital.
Eu subi a mesma rampa, e a poesia saiu, eu sentada na sala de espera da mesma UTI.
Estou postando novamente, hoje fazem 4 anos e 8 meses da sua partida, SAUDADE...
Maria da Graça
...não é necessário muitas palavars a tão linda manifestação de saudade...
ResponderExcluirBeijinhos
Ana
O ir e vir das estrelas em seu suave trajeto pode demonstrar vàrios matizes de sentimentos:angústia, espera, esperança, alegria, vida, aprendizado. Não importa qual seja, e sim o resultado que sai de nossos corações. No seu caso uma entrega total de si mesma em nome de um amor que veio delas próprias,as estrelas, e hoje toma o coração em uma sublime lembrança de um ser muito amado por todo o sempre.
ResponderExcluirCintia.