terça-feira, 28 de fevereiro de 2017




A BORBOLETA E O CAVALINHO...     

   ( Uma histórinha muito linda e que você pode tirar algo de
 proveito)?


Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás.
Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.
Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.
A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem.
Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza.
Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada.
A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.
Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.
Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso.
Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso.
Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil.
Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro.
Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto.
E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.
Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou.
Cansado se deitou embaixo de uma árvore.
Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali.
-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
-Ah, é você então o famoso cavalinho?
-Famoso, eu?
-É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você.
Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?
-É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
-Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando.
Não ficou sabendo?
Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso?
-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice.
Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém.
Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo.
Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.
-E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
-Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver.
Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui."

Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal muitas vezes, foi você mesmo que o colocou no seu dorso.



OBS: Qualquer semelhança com seres humanos que você conheça,
pode não ser coincidência.

Autoria: Silvana Duboc


Este maravilhoso conto recheado de sabedoria foi-me apresentado por uma amiga querida.
Ele é uma descrição perfeita da sua vida e de seu filho que tanto faz seu coração chorar...
Verdade é que ele se encaixa em muitas vidas e suas histórias...  


BORBOLETAS E CAVALINHOS

Impressionante este conto!!!
Leva a reflexões profundas sobre as relações humanas...
Borboletas simbolizam aqueles que gostam de conviver com as pessoas com liberdade e respeito e sem mentiras...
Já aprenderam a compreender o amor verdadeiro e amam sem constrangimentos e condições impostas...
Representa as pessoas que gostam de si mesmas, são poderosas, voam livremente beijando corações em vez de flores...
São tão seguras que não precisam magoar corações para se imporem e sua presença trás alegria e tranquilidade...
São felizes apesar dos desafios da vida e as dificuldades do outro tem impacto diferente sobre elas porque já aprenderam a ter respeito e compaixão...
Cavalinhos simbolizam aqueles que desencorajados de buscar o crescimento permanecem agarrados ao mundo das cavernas iniciais...
 Trancam-se fechados em si mesmos dificultando o processo de empatia que aproxima e une os seres humanos...
Buscam o próprio prazer físico imediato ignorando o som que vem do coração...
Não conseguem perceber todo valor dos cuidados das borboletas...
São frágeis, infelizes e só pensam na sua vida, no seu prazer ou na sua dor...
Eventualmente saem das cavernas, averiguam a paisagem e contemplam as borboletas voarem...
Mas o cabresto impede que voem também, ficam confusos com a luz e até mesmo duvidam dela...
Relacionam com as pessoas de modo superficial, sem um entrega verdadeira...
Só há intensidade nas relações físicas e no papel de vítimas...  Sempre desencorajados de procurar em si mesmos as razões para tantas dores...
Borboletas e Cavalinhos conseguem se relacionar, mas o preço é muito alto para os dois...
Fica difícil uma troca emocional de qualidade entre visões tão diferentes sobre a vida o viver e seus valores...
Cavalinhos apenas recebem e não sabem e nem se encorajam a oferecer...
Borboletas oferecem muita alegria, mas não conseguem contagiar os cavalinhos com a visão das maravilhas que já aprenderam e conhecem sobre a vida...
Só que não podemos deter o curso dos rumos da vida...
O imprevisível das situações criadas por nós mesmos trazem conseqüências...
Só então conseguiremos dimensionar o valor real que representamos uns para os outros...
E numa soma de todo caminhar da vida:
Borboletas amam, poupam e cuidam dos cavalinhos porque já sabem o valor real de tudo...
Elas até perdem suas asas, mas não mudam quem são e nem o que sentem e continuam poupando os cavalinhos do acréscimo de mais encargos emocionais que não conseguem resolver...
Cavalinhos precisam  compreender e aprenderem o quanto o amor e o cuidado são importantes... Mais do que qualquer procura sem valor...
É quando, mesmo com o cabresto nas costas finalmente sentem falta das borboletas e saem a procura delas e dos caminhos felizes que tentaram mostrar e eles não deram atenção...
Mas antes!!!
Ah! Antes o sofrimento o suficiente até os cavalinhos aprenderem... Que pena a borboletinha tentou até a exaustão pelo menos mostrar o melhor caminho...
Borboletas da vida continuem cuidando dos cavalinhos de forma que ajude-os em suas evoluções...
São frágeis, carentes e solitários mesmo acompanhados porque jamais baixam a guarda sempre vigilantes para não mostrarem o mais belo de suas emoções...

                                                                     Maria da Graça



"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar." (Dalai Lama)