segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena. O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir. 

Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia. Se gente não fosse feita pra ser feliz, Deus não teria caprichado tanto nos detalhes. Perseverança não é somente acreditar na própria rede. Perseverança é não deixar de crer na capacidade de renovação das águas. 

Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar. E eu estarei lá na beira da praia de novo. " 

                                                   (Ana Jácomo)





3 comentários:

  1. Felicidades pela brilhante postagem cheia de sentimentos!
    Martha

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Refaço o comentário que saiu com um errinho.
    A esperança deve ser a nossa força. Precisamos, sempre, perseverar.
    Beijos,
    Élys.

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"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar." (Dalai Lama)