quinta-feira, 19 de setembro de 2013




QUANDO  DE  NOVO...


O ser humano, um desafio...
Maior ainda para pessoas sensíveis...


Hoje meu coração chorou de novo...
E muito...


Ah! minhas amigas acácias, palmeiras, sibipirunas...
Desta vez o estrago foi maior...


De novo quando a estação das flores e beleza está chegando...
Que tristeza...
Uma de minhas amigas está a exibir só o tronco...
Para ela há um consolo do renascimento...


Porque para a linda e frondosa sibipiruna foi pior...
Foi cortada...
Esvaiu-se sua vida...
Quanto tempo para ficar daquele tamanho...
Histórias para contar...


E as centenas e centenas de galhinhos e folhinhas?
Tão verdinhos...
E o ninho que estava sendo confeccionado com tanto cuidado?
Bem escondido na proteção dos seus galhos...


Tudo no chão...
E o machado do homem cortou e cortou...
Cortou a vida...
Cortou a beleza...
Cortou a sombra amiga...
Descanso e proteção para pessoas simples como eu...
Que passam para seus trabalhos...


Como não doer o coração?
Como não sentir o lamento que vem das entranhas da Mãe Natureza?


E minha linda praça?
Em ruínas...
Ferida...Machucada...
E o meu coração também...


Qual o tempo para em revivência sentir de novo?
O prazer do vento amigo passando por entre os galhos das árvores...
E  fazendo voar meus longos cabelos negros...
Numa sincronia com as árvores amigas...


Quanto tempo para poder de novo tocar os galhos?
Acariciar as flores, me abrigar debaixo da sombra amiga e protetora?
Não sei...

                Maria da Graça
      18/09/2013



Um comentário:

  1. O homen em sua ignorancia destrói aquilo que lhe serve de abrigo do sol escaldante, da chuva surpresa, do calor, e não pensa que a natureza mãe pode lhe devolver de maneira dolorosa a dor causada a um de seus filhos.

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"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar." (Dalai Lama)