Miragem
Jésus Ribeiro
Quando partiste alma querida
A cumprir o destino teu
Nobre tarefa que a vida te deu
Afim de que pudesses doar
A tua capacidade de amar a outra vida
Foi como se eu passasse
A ser incompleto
Embora buscasse minha alma preencher
De vazio estava repleto
Por ter tudo
Sem te ter
E passei a enlouquecer...
Como apagar da memória tão formosa imagem
Como olvidar, esquecer
A única glória que hoje posso ter
Ainda que enganosa miragem
Que se dissipa pouco a pouco
Para dar lugar à realidade
Desolada entristecida
Ainda que este louco sonho
Seja desfeito
Eu o quero acalentar ternamente
Abraçado ao peito
Junto ao coração
Por deste sonho necessitar
Para m'alma nutrir
E eu poder continuar
A ser, a existir
Ano de 1988
Jésus, que linda sua poesia, meu querido amigo!
ResponderExcluirBjs,
Não o conheci em minha roupagem de carne atual , mas sei que tu fez, faz e sempre fará parte integrante de meu mundo espiritual, meu querido Jésus.Que o pai lhe permita mais adiante nos mandar de onde estiver pérolas de literatura como essa para alegrar nossos espíritos tão necessitados de boa leitura!
ResponderExcluirTodo meu carinho para você meu querido!
Cintia