QUANDO DE NOVO...
O ser humano, um desafio...
Maior ainda para pessoas sensíveis...
Hoje meu coração chorou de novo...
E muito...
Ah! minhas amigas acácias, palmeiras, sibipirunas...
Desta vez o estrago foi maior...
De novo quando a estação das flores e beleza está chegando...
Que tristeza...
Uma de minhas amigas está a exibir só o tronco...
Para ela há um consolo do renascimento...
Porque para a linda e frondosa sibipiruna foi pior...
Foi cortada...
Esvaiu-se sua vida...
Quanto tempo para ficar daquele tamanho...
Histórias para contar...
E as centenas e centenas de galhinhos e folhinhas?
Tão verdinhos...
E o ninho que estava sendo confeccionado com tanto cuidado?
Bem escondido na proteção dos seus galhos...
Tudo no chão...
E o machado do homem cortou e cortou...
Cortou a vida...
Cortou a beleza...
Cortou a sombra amiga...
Descanso e proteção para pessoas simples como eu...
Que passam para seus trabalhos...
Como não doer o coração?
Como não sentir o lamento que vem das entranhas da Mãe Natureza?
E minha linda praça?
Em ruínas...
Ferida...Machucada...
E o meu coração também...
Qual o tempo para em revivência sentir de novo?
O prazer do vento amigo passando por entre os galhos das árvores...
E fazendo voar meus longos cabelos negros...
Numa sincronia com as árvores amigas...
Quanto tempo para poder de novo tocar os galhos?
Acariciar as flores, me abrigar debaixo da sombra amiga e protetora?
Não sei...
Maria da Graça
18/09/2013